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sábado, 19 de novembro de 2011

Morte repentina?

                     


                             Embora saibamos que nossas emoções estão ligadas diretamente ao cérebro, costumamos dizer que amamos alguém desenhando um coração, enviamos beijos via e-mail  assim: bjs no seu coração, quando   algo nos entristece, dizemos que estamos com  dor no coração,  etc. Então o coração não somente para os poetas, mas para muitas pessoas passou a ser simbolicamente onde reside a emoção.
                        Creio que as emoções sejam primeiramente absorvidas pelo cérebro mas que elas chegam ao coração, tenho a mais absoluta certeza, pois o coração vai  captar aquela emoção e reagir com alterações na sua pulsação. Nada entendo sobre anatomia, psicologia etc. Mas o cotidiano me mostra o quanto as emoções interferem no coração. Aqueles com mais idade e que tiveram ao longo dos anos uma vida tranquila, sem grandes problemas,que foram amados, respeitados, que souberam sobreviver às turbulências, dificilmente morrem devido a problemas cardíacos. Quando ouço dizer que fulano faleceu repentinamente com um infarto fulminante, costumo analisar a vida que teve e, na maioria das vezes, são vidas que enfrentaram grandes batalhas, sofreram grandes perdas, tiveram poucas alegrias, se desgastaram inutilmente, viveram a ansiedade da busca da felicidade de todos  para depois conquistar a própria felicidade. 
                        Concluo que a cada lágrima, já preparamos o campo do coração para a morte repentina, morremos um pouco a cada lágrima de dor. Então morre-se lentamente, sem que ninguém perceba...apenas o coração!  O coração responde a cada lágrima de dor, ele as vezes acelera, outras vezes desacelera, outras vezes bate errado, descompassado, conforme a intensidade da emoção. E essas alterações no pulsar, durante toda a vida, alteram o funcionamento desse nosso amigo do peito, até que um dia ele se arrebenta ! Podemos dizer que fulano teve uma morte repentina? Acho que não! Podemos dizer que fulano morreu de morte lenta todos os dias, a cada emoção que lhe causou dor, poderíamos dizer que infartou durante muitos anos, aos poucos foi se arrebentando até que não houvesse mais espaço no coração para novas fendas e então houve uma enorme fenda que o fez romper com a vida terrena e partir, deixando aos que ficam pelo menos um hematoma (se é que isso é possível) sobre cada coração, e aos que muito o amaram uma pequena ruptura, que será somada a outras que fatalmente virão. 
                          Creio que seja uma atitude excelente para preservar a vida de tanta gente, dar amor, carinho, ânimo, respeito e alegrias àqueles que amamos. Os maiores beneficiados seremos nós, pois teremos essa presença importante por mais tempo conosco. Pense nisso!


ET. Posso estar equivocada quanto às afirmações, mas, que o amor ajuda a sobreviver; é fato!            Dionete Heleno