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terça-feira, 27 de março de 2012

MAL COMPARANDO...



          No trabalho, nos mais diferentes ambientes e segmentos, poderíamos comparar as pessoas com calçados; é; isso mesmo que você leu! Há pessoas "scarpin" com salto agulha, associados a elegantes "tailleurs". Jamais transpiram, tem cabelos impecáveis durante todo o dia, cumprem fielmente a "lei do mínimo esforço", mas esta, não é aplicada ao seu "marketing" pessoal. Afinal de contas,  um "scarpin" merece muito respeito!
         Há também as pessoas "tênis", são ágeis, céleres, tem raciocínio
rápido, são questionadoras, adoram quebrar regras, mas não são de fixar-se, logo buscam outros lugares.
     E, finalmente; existem as pessoas "chinelo", que ao contrário dos "scarpins" e "tênis", estão mais próximas do chão e, sabendo desse limite, se põe mais próximos da realidade e são mais constantes.
         Na vida, você não suportará por muitas horas um "scarpin" sem reclamar dele. O "tênis", você rapidamente trocará por um novo modelo, talvez de uma outra marca. Os chinelos, no entanto, permanecerão por mais tempo nos seus pés! Veja; após um dia de trabalho ele será o seu descanso; será seu companheiro de quarto, mesmo que você esteja acompanhada; na sua enfermidade, ele estará lá, aos pés da cama... no chão, como sempre; na sua velhice, dará aos seus pés o descanso de um guerreiro, mesmo que você não tenha tido grandes vitórias; na sua morte, ele não estará no seu caixão, estará num canto esquecido, no mesmo lugar... o chão. Haverá alguém que o encontre, repare que está velho e com o formato dos seus pés e, friamente 
conclua que ele já não serve para nada, e o coloque no lixo.
         O velho chinelo se alegra; pois saíra do chão! Agora iria viver num caminhão... Sua alegria, porém, duraria pouco pois perceberia que era lentamente despejado e que novamente estaria no chão! 
           Jogado ao chão percebe, então, a igualdade. Afinal, ali também estão amontoados muitos "chinelos", "tênis" e alguns "scarpins".
                                                              Dionete Heleno




quinta-feira, 22 de março de 2012

"poeminha"

 

O terreno e a flor 

Pelo título você imaginou
tratar-se de um jardim e tanto
mas, falarei do encanto,
com um pouco de saudade
da flor que aqui chamo
“nossa amizade”

Ela, como toda flor pequenina
devido a  fragilidade
foi cuidada,  regada com amor
cresceu, enfeitou
nos falou de felicidade

Mas o  terreno não a ajudou,
muitas  pedras,  lentamente
quase a sufocou.
Tremeu  seu caule
com os ventos frios do  inverno,
Transpirou com lágrimas no  calor
no outono perdeu folhas e pétalas
então silenciou...
mas com a chuva mansa da primavera
ela então se renovou

A flor da nossa amizade foi provada,
e sobrevive, a despeito do terreno.
pois há em suas raízes
a força de Quem a plantou,
e assim vamos superando o terreno pedregoso,
em  nossa luta diária,  fazendo dos dias,
de poucas alegrias
parecerem eternas primaveras
sentindo frio ou calor
pela benção dessa flor.
                                                Dionete Heleno