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sexta-feira, 9 de maio de 2014

QUANDO NOS TORNAMOS MÃES...


Quando nos tornamos mães...
Tudo se altera, muda, transforma em  nós.
A nossa rotina é alterada, o nosso modo de pensar e agir mudam também, e somos transformadas em mães.
Depois que temos o filho nos braços, uma nova realidade acontece!
Aprendemos muito, crescemos muito como seres humanos com essa nova realidade
Nosso sono fica mais leve, ouvimos cada sonzinho que o filho emite e já despertamos!
Uma febre nos deixa em alerta e quando não cede, não exitamos em despertar o pediatra no meio da noite.
Então  nos momentos de apreensão e até certo desespero, aprendemos a orar melhor, às vezes, sem palavras, apenas com as nossas lágrimas.
Quando começam a falar, engatinhar, andar, nosso coração não cabe no nosso peito, mas  ficamos sempre temerosos que levem um tombo mais sério.
Nos tornamos cantoras, especializadas em cantigas de ninar.  Declamadoras: recitamos lindos versinhos infantis. Escritoras, quantas histórias criamos na hora de dormir. Contadoras de histórias, quantas histórias lemos diante daqueles olhinhos aparentemente sonolentos, mas que se abriam quando parávamos de ler. Catequistas, quando ensinávamos a rezar e mais adiante a responder alguns questionamentos, às vezes  difíceis de explicar, mas Maria, nossa Mãe e grande catequista, nos dava  a sua ajuda.
Os filhos vão crescendo, vão para a escola, e vão aprendendo cada vez mais, evoluindo sempre no aprendizado, vencendo as etapas até a universidade.
E nós vamos envelhecendo felizes por vê-los realizando os seus sonhos. O melhor que fazemos por eles é orar, abençoar, aconselhar, orientar.
Hoje somos além de mães, amigas dos filhos! Somos confiáveis e eles abrem o coração conosco. E nós adoramos que façam isso... é uma forma de estreitar  ainda mais a nossa amizade! Também aprendemos muito com eles,  eles tem muito a nos ensinar!
Concluindo, creio que junto com um filho, Deus nos envia uma nova forma de viver, a mais acertada, a mais abençoada! A nossa sintonia com Deus fica muito melhor! Ele, como Criador, vai nos moldando a cada dia.  No dia das Mães, agradeçamos a Deus pelo nosso presente: nossos filhos!
                                                                                   Dionete Heleno-mai/2014




quarta-feira, 26 de março de 2014

Período de Seca...


Para se escrever uma  simples poesia,
é bom que exista no peito,
o frescor das nascentes e o cheiro das maresias,
É preciso chuva  de pensamentos
que molhe os olhos e a alma
é preciso o orvalho prateado das manhãs
cuja temperatura tornam dormentes os pés.
É preciso esperar aquilo que não vai chegar
É preciso lua para  divagar!
É preciso um sonho  que acabará...
Uma luz que certamente se apagará...
Um poeta,  vive da esperança de tudo alcançar,
tudo lhe é permitido,
Até fazer versos!
E  quando a alma já está cansada,
endurecida e trincada
 pelo período de estiagem,
tal qual um solo que outrora fora  leito de um açude
O poeta vive a  sua secura, 
a ausência de sentimentos,
a fuga das palavras, uma mudez rude,
e quando um poeta silencia, então  percebe
que tudo não passou de  miragem.
Uma ilusão. Percebe que jamais fora poeta,
apenas conviveu com a  própria aridez ,
e tornou-se mais um flagelado das muitas secas,
E nelas perdeu tudo do nada que tinha,
                                                              até mesmo a lucidez.
                                                                                         Dionete Heleno