Todas as sextas-feiras!

Na sexta-feira os sonhos sonhados até quinta 

tendem a realização

e ai da sexta se isso não acontecer!

Será uma sexta de frustração!

Mas geralmente se realizam

e alegram o coração.

É na sexta que se encontram

os amigos de toda hora,

pra jogar conversa fora,

numa mesa com chopinho no ponto

 alguns petiscos variados 

e por vezes até, 

um violão bem tocado

por um anônimo solitário,

que num cantinho colabora.

Ali toca-se de tudo, afinado ou não

somente para tocar os corações:

rock, blues, boleros, samba-canção

E entre um chope e outro,

revelam-se muitas emoções

antes reprimidas, por diferentes situações,

alguns tentam , inutilmente disfarçar:

uns soltam o riso nervoso e desmedido,

mas os mais sensíveis, vão às lágrimas

não conseguem evitar,

recordam um amor perdido,

mas jamais esquecido,

principalmente na mesa de um bar.

É um  momento fraterno, 

pois  tão bem sabem os amigos

que ali uns riem , outros choram

e ao final da canção

já não sabem o que aplaudem com vigor

se a música ou o cantor,

na dúvida, aplaudem o copo

guardião do riso

e da dor.

Tomam a saideira, esquecem a tristeza

e depois de infindáveis abraços,

vão para casa, solitários

aparentando firmeza,

aí, bate ainda mais  a tristeza,

por chegarem na casa às escuras

e completamente silenciosa,

desabam em qualquer lugar.

E adormecem sonhando,

que no sábado, ao despertar

terão ao lado a mulher amada,

e nunca mais vão chorar.

Moral da história então,

visto que sonhar é bom,

concluo que sexta com solidão,

carece de amigos do peito

e chope gelado na mão!

                                            Dionete Heleno

A M I G O S ...

             

Antes que leiam o meu texto, vejam este vídeo achei-o tão bonito e quero

partilhar 

com meus

A M I G O S                                       

AMIGOS ...

Como somos felizes por tê-los!

São como familiares, e por vezes

até mais presentes.

Com eles abrimos nossos corações,

 eles entendem nossas emoções,

compreendem nossas limitações.

Não saberia, viver sem eles...

Quando não sei deles,

me desespero, só por pensar em perdê-los

Preciso saber deles,

se estão bem, com saúde e felizes,

pois assim como eles estiverem,

assim também estarei.

Afinal, lhes devo isso,

não por obrigação, mas pelo

amor que lhes devoto.

Amigos são nossos cúmplices,

mesmo sem saber que delito

cometemos.

Amigos têm superpoderes no olhar,

seus olhos  falam...

Amigos tem superpoderes nos braços,

passam energia e aliviam tensões,

Amigos tem superpoderes nos lábios,

quando sorriem e falam, aquecem o coração,

e até nas mãos, que secam lágrimas,

 mesmo a distância...

e quando próximas, seguram as nossas,

Nos ombros,  fazem  levitar e 

vislumbrar a paz através de um abraço

Amigos são superprotegidos por Deus,

justamente por  nos amar,

do jeitinho que somos... porém

não perdem a oportunidade de nos ensinar...

E com confesso egoísmo,

 quero morrer antes deles, é sim!

Pois na minha fragilidade, desaprenderia

como viver!

Meus amigos nem imaginam

o quanto são importantes para mim!

Amo-os como são,

e  eles são os melhores!

                         Dionete Heleno

Aos meus amigos, neste Dia do Amigo(20.07.2012)

o meu maior carinho, através deste

texto que escrevi, pensando em cada

um de vocês. 

Bjs. 

Dionete Heleno, ou

como vcs. me chamam: Dio,  Diozinha, Dionetinha.

Ouça tb, Vinícius de Moraes na voz de Rolando Boldrin

ENCONTROS...

Às vezes nossa maior dificuldade

é realizar o encontro com a nossa

alma, nosso eu, tantas vezes

envolvido por uma claridade

difusa...

Depois, percebemos que

não é tão difícil assim...

Difícil é aceitá-lo, com

tudo que acumulamos 

durante anos, no nosso viver!

Nossas fraquezas, nossas debilidades,

nossas futilidades, e até pequenas maldades...

Então, um desejo de renovação,

se instala no nosso coração.

Queremos mudar, melhorar esse cenário que insiste

 em nos tornar mais tristes...

Mergulhamos no mais profundo de nós

e lamentavelmente alí estão comprimidas

todas as palavras ditas e as contidas,

os pensamentos de vingança, as mágoas 

que fingimos esquecidas, 

os rancores que apenas ocultamos...

Então, num gesto de valentia,

lutamos contra todos eles,

esmagando contra as paredes do coração,

todos os maus sentimentos, mas eles apenas ficam

semi-mortos, desfalecidos pela nossa pressão.

Julgando tê-los  liquidado, partimos animados

achando que estamos melhores.

Mas logo percebemos, na primeira pancada

que levamos da vida,  que eles como zumbis

se levantam e escancaram para nós e para

os outros, o quanto nosso eu é defectivo.

Então, num rompante de sabedoria,

percebemos que para sermos melhores,

precisamos mais que matar um leão por dia,

precisamos dar vida ao amor todos os dias,

dar livre acesso ao nosso coração,

tendo alma pura, e coração leve,

os maus sentimentos se vão, e então

do nosso eu, outrora conturbado,

surgirá uma uma Luz 

que a todos iluminará com igualdade,

já seremos capazes de amar,

pois o maior encontro se dá,

quando nos deixamos iluminar,

no mais profundo de nós,

por uma imensa Luz,

que só pode ser Jesus!

Dionete Heleno

FOI ASSIM...

Um sentimento estranho

invadiu-lhe a alma...

E ela ficou em pânico,

porém manteve-se calma.

De repente um quê de sufoco,

e um ataque de fúria

Então surgiu o cáos,

um desejo de destruir,

que escravizava o próprio corpo,

provocava a ira que calava na alma

Depois numa fração de segundo,

entre as mãos, comprimia a cabeça,

como quem perdeu o chão e o mundo

Depois novamente a calma,

respirou fundo,

refez-se com um copo d'água,

fez da parede um encosto,

atirou o que restou da água,

com força, no próprio rosto.

A agua fria, diminuia

o calor das lágrimas.

Mas a alma continuava quente,

sonhos vividos, passeavam na sua mente

por um instante, sorriu contente,

Depois chorou convulsivamente

Já sem forças para esmurrar,

Já sem voz para gritar,

Não conseguia as lágrimas parar,

Os olhos queimavam como fogo,

e o coração parecia parar...

Quando uma dor no peito,

bem fina, impossível de se explicar,

tenta a tristeza frear,

Parece então enfartar,

desfalece, vai ao chão,

sente seu corpo esfriar,

uma lágrima teimosa, tenta em vão

 se esquentar,

Esboça um sorriso nos lábios,

é assim que quer ficar,

para que ninguém saiba,

que morreu por tanto amar.

Mas esquece junto ao peito,

um bilhete escrito de qualquer jeito,

dizendo não mais lhe amar.

Assim, como morrer de amor

pode ser simples força de expressão,

este por tanta dor,

pode acreditar,

que de fato, morreu de amor,

final comum àqueles que  amam

a quem não deviam  amar.

                             Dionete Heleno