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sábado, 28 de janeiro de 2012

QUANDO "SE ACHA"...



Nunca se achar o melhor amigo de alguém,
é um bom começo para se localizar e
com pouca dor perceber,
que entre tantos amigos que ele tem,
você é quase ninguém
Ter doado todos os seus melhores sentimentos,
pode não ter sido importante em alguns momentos.
Foi importante somente para você,
seu melhor sorriso, 
seu ombro amigo...
É preciso que haja reciprocidade
para se levar adiante uma amizade.
Permaneça humilde, no seu lugar
e um dia, ao seu amigo vai chegar,
a tomada de consciência,
até pela força da maior vivência,
 e então reconhecerá  que desperdiçou,
os seus sentimentos mais puros
cheios de verdade e lealdade
imprescindíveis à amizade,
que envolvem respeito, amor,
companheirismo, cumplicidade.
Permita que Deus, trabalhe o coração deste amigo,
que neste momento representa algo doído,
que se chama saudade.
Às vezes, a amizade, 
se parece com um vaso
cuja flor se foi, e com ela toda a vida que ali havia,
mas confiando na natureza
o vaso você não descartou,
deixou-o ali a repousar. 
Depois, num belo dia,
percebe com alegria, a flor novamente desabrochar.
Às vezes, é preciso " dar um tempo"
para a amizade repousar, para depois ressurgir
com maior intensidade, apagando a saudade
e até a solidão.
Então se descobre que para aquele amigo,
você é algo muito lindo,
 parecido com um irmão.
                               Dionete Heleno


sábado, 21 de janeiro de 2012

LÁGRIMA



Sou lágrima, falo por você
quando as palavras somem
Também sei silenciar
quando seu desejo é gritar
Também sei sorrir
quando você se emocionar
Sou lágrima, estou em você,
rompo a beleza dos seus olhos
e dificilmente  poderá me conter
Sou gota de orvalho, numa madrugada fria
Sou  rio caudaloso, que deságua
nos lábios que estremecem com a dor da mágoa
Sou  mar que invade o olhar com a força
das grandes marés,
Mas também sou adorno e enfeito
o sorriso no rosto do amor perfeito.
Te acompanharei por toda a vida,
nas chegadas e partidas...
Sou lágrima, não tente me sufocar
deixa-me lentamente rolar 
Conheço meu caminho, preciso me acabar
ainda que seja de mansinho, tocar
a doçura desse seu olhar.
Que eu seja feita de alegria, 
e emoção
Pois não gostaria ver sofrer
o seu coração.  
                           Dionete Heleno

sábado, 14 de janeiro de 2012

SEMPRE APRENDENDO!




Às vezes, um pouco tarde, na verdade
considerando as oportunidades que perdemos,
aprendemos aquilo que tentaram nos ensinar
desde a infância, e que agora, melhor entendemos.
Posturas e ações tão simples, fáceis,
que nos tornam melhores, felizmente.
Pequenas atitudes, tomadas sem alarde,
nos dá a grande oportunidade 
de exercitar o melhor e mais eloquente
da nossa condição humana, e sermos de fato gente.
A lei do retorno, muitas vezes discutível,
mas pela maioria das pessoas comprovada,
constitui-se alavanca para nos impulsionar
à pratica dos antigos ensinamentos,
porem atuais, em qualquer lugar...
É simples assim:
Ceder o seu lugar no ônibus, 
lhe valerá um sorriso.
Conversar com um idoso, já cansado
lhe valerá grande aprendizado.
Dar atenção à uma criança,
lhe valerá o nascer de nova esperança.
Cumprimentar a um desconhecido, com alegria
lhe valerá o bom inicío de um novo dia.
Facilitar o trabalho daqueles que com você estão,
lhe valerá mais que satisfação.
Aplainar caminhos, 
lhe valerá a alegria do descanso.
Não passar adiante uma maledicência.
lhe valerá momentos de paz.
Ficar feliz com a vitória dos outros,
lhe valerá um coração mais alegre.
Perdoar uma ofensa,
lhe valerá em maior proporção uma recompensa.
Se puder ir além e,
materialmente resolver os problemas de alguém,
lhe valerá o sono tranquilo que só as crianças tem.
Se orar, que seja secretamente então,
lhe valerá saber que Deus ouviu sua oração.

Não espere grandes oportunidades,
para exercitar a fraternidade e a bondade,
considere que as ações, mesmo pequenas
sempre valem a pena!

Com lei do retorno ou não,
o importante é exercitar no bem,
o coração.
                       Dionete Heleno



sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

"ENVELHECENTES..."


Tente esquecer
da infância feliz ,
da adolescência suave e pura,
da juventude cheia de sonhos,
impossível esquecer!
A felicidade da família reunida,
o despertar para o amor,
A certeza de ter encontrado alguém
que o faria feliz por toda a vida.
Impossível esquecer... e hoje,
mal percebemos que envelhecemos
Mas permaneceram em nós,
indelevelmente marcadas,
a despeito dos nossos cabelos brancos,
as alegrias vividas,
apesar dos nossos rostos sulcados,
ainda ouvimos o nosso riso da infância,
o brilho dos olhos do tempo de adolescentes,
certamente fruto
da esperança semeada na juventude
A família, hoje maior, se ressente
pela ausência de tantos que se foram.
A realidade mostrou abertamente
que poucos amores são para sempre
Envelhecemos, fisicamente
até psicologicamente, mas o coração
continua como antigamente,
pulsa descompassado, porém
continua com o seu interior
fertil, e ávido por novas sementes,
Envelhecer é prêmio, saber envelhecer
é bênção...
Que nossa velhice possa ser exemplo de
dignidade, sabedoria e amor
Mesmo que às vezes façamos algo errado,
mesmo que sejamos repetitivos, até meio chatos
Que tenhamos a compreensão de todos,
pois quando daqui partirmos, sabemos
que deixaremos algum legado,
se grande ou pequeno for,
não importa,
o importante é que vivemos, aprendemos,
amamos, e procuramos ensinar
Por termos a sabedoria do tempo,
sabemos  tudo sobre humildade
e, sem nenhum pudor, nos confessamos
mais sábios, pela nossa  atitude
de aprender sempre com a juventude,
pois ela injeta esperança na vida,
já um pouco vazia
dos mais velhos, que um dia
foram moços, quem diria...
                                              Dionete Heleno




domingo, 8 de janeiro de 2012

Depois da chuva


A chuva cessou, abri as janelas,
para que o ar ainda úmido
meu rosto refrescasse,
e que a brisa suave, 
 minhas lágrimas
enxugasse.
E caminhando só  pela rua,
descalça, e com a alma nua.
Piso nas poças d'água, 
imitando as crianças,
vendo-me refletida nela,
como espelhos jogados no asfalto,
com molduras em todos os formatos,
como  as da minha vida,
o que não muda nelas
sou eu...a minha figura, 
que neste momento é apenas espectro
As vezes a imagem pelo vento estremece
e vejo minha alma revelada:
um ser triste, disforme e assustador!
Depois vejo algumas nuvens passeando,
e assim na rua, com alma nua
divido o espelho com a lua
e fazemos da solidão e dor,
um triste poema de amor
                           Dionete Heleno