Há tanto para ser dito sobre o Natal... porém sem temer ser repetitivo, sinto que é algo que não posso deixar de falar...mesmo que seja para relembrar os natais da minha infância, numa época em que não havia internet, nem textos prontos para nos emocionar... O Natal era comemorado com todo o respeito, os presentes eram simples, mas traziam no seu interior o amor de quem o dava que, num toque de mágica provocava o sorriso de quem o recebia, que imediatamente agradecia com um abraço afetuoso...hoje tornou-se quase que uma imposição social o ato de presentear...
Este é o Natal, que aprendi a amar tanto, que até me entristecia saber que quando acabasse iria demorar um ano todo para comemorá-lo novamente e na minha tenra idade um ano demorava a passar, hoje vivo dizendo que passa muito rápido...
Mas essas lembranças me levam à nostalgia de um tempo que não se repetirá, uma vez que na nossa mesa, hoje, faltam pessoas que continuamos amando, mas que já partiram... um vazio não somente na mesa, mas no coração.
Então bate uma saudade tão grande quando relembro as alegrias daquele tempo: o Natal começava com a Missa, e depois, em casa, com portas e janelas abertas, luzes acesas, nos reuníamos à mesa, havia uma ceia modesta, acompanhada por carnes comuns e um pernil bem grande, muito saboroso...e algumas outras coisas que acompanhavam . Havia também refrigerante, uma coisa que gosto até hoje.
A mesa era longa...as cadeiras todas ocupadas, uma alegria que vinha não sei bem de onde, invadia aquela nossa casa, risos, elogios, abraços, atenção com os pequenos, tudo dava certo...ninguém faltava... hoje a mesa é menor, e ainda assim sobram lugares.
Os vizinhos vinham nos cumprimentar, traziam um pouco do prato que fizeram para suas famílias e nos ofereciam, e nós devolvíamos aquele prato com um pouco do que fizemos para nossa família... muito gostoso isso...é aquela coisa: estou te dando o que fiz de melhor na minha casa.... um sentimento de amizade e fraternidade que quase não se vê mais...
Quanta alegria ao recebermos o brinquedo novo, e brincar com ele até cansar, e depois dormir abraçando aquele brinquedo... coisa de criança que nem sonhava com internet!
Outra coisa que mexia muito comigo era o presépio na igreja, quando me ajoelhava diante dele, não conseguia rezar, ficava ali olhando para aqueles olhos do Menino Jesus, muito mais lindos do que os da minha boneca, eu somente conseguia sorrir para ele, às vezes parecia que ele sorria para mim...sentia-me tão próxima a ele, que tinha vontade de segurá-lo no colo.
Hoje, diante do presépio, sem a inocência da minha infância, Ele ainda sorri para mim e percebo que as coisas se inverteram, Ele, na sua aparente fragilidade é a força que me impulsiona e muitas vezes me segura no colo. Obrigada, Jesus!
Meu amigo, desejo a você um Natal maravilhoso, que se encante com o olhar do Menino Jesus que está presente não somente nos presépios do mundo todo, mas em cada criança, em cada idoso, em cada irmão e dê a eles o que você tem de melhor... o seu sorriso e o seu amor, depois disso sinta-se pertinho do Menino Jesus. Ele jamais se esquece de você durante o ano todo,conhece o seu coração e é o seu melhor amigo, esse presente que você dá a ele não é uma imposição social, é algo muito pessoal entre você e Ele.
Dionete Heleno
Oi Dionete muito lindo ,que saudades dos tempos que infelizmente nao voltam mais ,hoje e tudo tao diferente,mais fazer oque ,temos que viver o hoje,mais muito lindo mesmo ...parabens pela mensagem; relembrando o passado ate me emocionei; muitas recordaçoes.
ResponderExcluir