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domingo, 1 de julho de 2012

FOI ASSIM...


Um sentimento estranho
invadiu-lhe a alma...
E ela ficou em pânico,
porém manteve-se calma.
De repente um quê de sufoco,
e um ataque de fúria
Então surgiu o cáos,
um desejo de destruir,
que escravizava o próprio corpo,
provocava a ira que calava na alma
Depois numa fração de segundo,
entre as mãos, comprimia a cabeça,
como quem perdeu o chão e o mundo
Depois novamente a calma,
respirou fundo,
refez-se com um copo d'água,
fez da parede um encosto,
atirou o que restou da água,
com força, no próprio rosto.
A agua fria, diminuia
o calor das lágrimas.
Mas a alma continuava quente,
sonhos vividos, passeavam na sua mente
por um instante, sorriu contente,
Depois chorou convulsivamente
Já sem forças para esmurrar,
Já sem voz para gritar,
Não conseguia as lágrimas parar,
Os olhos queimavam como fogo,
e o coração parecia parar...
Quando uma dor no peito,
bem fina, impossível de se explicar,
tenta a tristeza frear,
Parece então enfartar,
desfalece, vai ao chão,
sente seu corpo esfriar,
uma lágrima teimosa, tenta em vão
 se esquentar,
Esboça um sorriso nos lábios,
é assim que quer ficar,
para que ninguém saiba,
que morreu por tanto amar.
Mas esquece junto ao peito,
um bilhete escrito de qualquer jeito,
dizendo não mais lhe amar.
Assim, como morrer de amor
pode ser simples força de expressão,
este por tanta dor,
pode acreditar,
que de fato, morreu de amor,
final comum àqueles que  amam
a quem não deviam  amar.
                             Dionete Heleno


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