PEQUENINAS
Quando estamos nos sentindo pequenos
sentindo que somos nadinha
Tudo a nossa volta parece enorme:
os objetos, as pessoas, os problemas...
Pensamentos puros e também
outros, nem tão puros assim,
ganham vida quando queremos.
Sentir-se pequeno
do tamanho de uma formiga,
que luta para carregar
algumas coisinhas
até o formigueiro,
ela carrega sem pensar,
que no trajeto, um pé
possa a esmagar.
E vai cumprindo o seu trabalho
sem parar, nem desanimar
Pode ser até um aprendizado,
ficar assim parado,
um minuto ao menos,
a observar
Mas só fazemos isso quando
nos abaixamos, e
toda a nossa altivez
cai por terra, que é onde deve ficar
Nos identificamos tanto com as formigas
que como nós, têm também suas fadigas...
Mas o que emociona é ver que
quando luta pra carregar uma folhinha
muitas vezes maior que ela,
no caminho dá uma paradinha
e ali quase sempre, uma amiga a espera...
Então , juntas,
sem dificuldade levam
aquele alimento ao formigueiro,
Pode ser que um pé malvado as esmague...
sem piedade, ou até mesmo sem perceber
O importante é que no caminho
alguém diminuiu o seu cansaço...
Então uma pergunta me faço:
Se até as formigas ensinam,
com essa simplicidade,
sobre amizade, solidariedade...
por que há no mundo tanta maldade?
Talvez seja, porque os homens
raramente se abaixem,
para percorrer com o olhar o chão,
quando fizerem isso,
certamente perceberão,
Que ninguém é mais, nem menos
Somos iguais, somos irmãos!
Dionete
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