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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Chuvas...






Vejo a chuva batendo na vidraça da janela
Gotas escorrem  em velocidades diferentes
Agradeço a Deus por ela
por ser boa , fazer germinar as sementes
e fazer com que a a gente
 exercite  até mesnmo nossa  mente 
calculando, como que diante de  um problema de física, 
nessse seu  descer,  o tempo e  a velocidade...
Chuva mansa, que descansa
Chuva forte, que assusta
Chuva intensa, que tudo frustra
Chuva torrencial que tudo inunda
E remete todos à  uma tristeza profunda
Mas essa que vejo, é linda e mansa...
Sob ela crianças  gritam de braços abertos,
olhos fechados, pés descalços, riem espertos
Suas mães preocupadas, tentam em vão
parar a brincadeira, com receio de que caiam
ou  venham contrair um mal do pulmão...
Vejo idosos agasalhados, 
por  medo de resfriados
ou até de levar um escorregão...
Mas a cena mais comovente
é de um casal de adolescentes
dançando na chuva com emoção
como se estivessem num grande salão...
Da chuva  em si não percebem nada
nem mesmo as roupas molhadas,
apenas ouvem o pulsar do coração,
seus pés parecem flutuar nas poças,
seus  passos são cadenciados e suaves
 e as mãos são unidas com  cuidado e firmeza
como quem tem a certeza
de segurar  nelas um coração
e olhar deles então...
é o olhar de quem está alheio ao mundo
apenas expressam intensa emoção
E entre um sorriso e  outro,
um beijo e uma declaração
Percebi que a chuva tem um novo poder,
pois consegue  a um poeta enlouquecer
Pois a única realidade é que chove...
O resto é  alucinação
pois neste meu quarto só existe
a minha solidão,
nem  janela
e nem  sequervidraça,
para que eu possa com as mãos
ao menos desenhar um coração                                           
                                                     Dionete



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