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domingo, 15 de abril de 2012

L U A...


Lua... lua...lua
começo a sentir inveja
da sua alegria, do seu brilho,
e eu, aqui sozinho
chorando as minhas dores
Meu coração  fraqueja
perdi a estrada, perdi o trilho
estou aqui sozinho
a relembrar amores

Lua...lua...lua
minha dor só acaba
quando finda a madrugada...
 minhas lágrimas são enxugadas
pelos primeiros raios do sol...
Você é privilegiada,
não chora nas madrugadas,
não faz versos desconexos
para alguém que só existe,
no coração de um poeta triste
e cheio de complexos

Lua... lua...lua
Enquanto as estrelas
em sua volta brincam
Este poeta segue sério,
suspirando pela vida,
mal vivida,  perdida,
sem amigos,  sem amores
Enlouquecido, pelo caminho,
aqui e ali  vou colhendo flores
para atirá-las ao céu,
com a certeza  insana de que um dia,
quando voltar para Deus,
possa ver um  ramalhete
a adornar os braços seus.

Lua... lua...lua
com as flores
atiro também as minhas dores,
que findarão no momento
em que, entre riso ou lamento,
puder tocá-la,  no firmamento
e então, morrer de dor...
ou  talvez, viver de amor...
sentindo o perfume das flores,
com ternura e encantamento,
adormecer em teus braços,
vivendo ou morrendo...
Terá valido esse momento!
                                                       Dionete Heleno

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