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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Final de tarde...


Final de tarde ...
É  sinal de que a noite vem chegando,
a lua já timidamente vem despontando.
Depois rapidamente a noite tudo cobre
com o seu manto.
Alguns pássaros noturnos, ainda voam
e insistem num triste canto.
E o silêncio da noite se faz presente
ensaiando no olhar  já sem brilho
um leve e tímido pranto.
Lágrimas que queimam o olhar
de quem já viveu tanto!
Aprendeu da pior forma,
que a vida tem seus desencantos.
Na cabeça calcula as perdas,
no coração totaliza os danos.
Entre perdas e danos
perderam-se os melhores anos.
Hoje contabiliza os amigos,
os amores, 
as poucas alegrias
e os muitos dissabores.
Muitos entraram na sua vida,
mas poucos permaneceram,
uns morreram, outros sumiram,
outros já também envelheceram.
Faz então novos amigos,
fica feliz novamente,
ainda por instante,
sente-se feliz, contente!
Durante o dia, acalenta o sonho
de ter os amigos presentes,
ainda que virtualmente.
Mas ao cair da noite,
sente-se só novamente.
Respira fundo, apaga as luzes
reza, adormece acreditando, inocente,
que amanhã será um novo dia
e tudo será diferente.
                  Dionete Heleno







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