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sábado, 4 de fevereiro de 2012

COURAÇAS



Há quem goste dela, e
a conserve reluzente e bela,
Há quem não goste, é verdade,
mas a mantém por necessidade.
Há quem confie tanto no seu poder
que não hesita em magoar e fazer sofrer.
Há quem a use para ocultar fragilidade,
sem necessidade, pois isso não é imperfeição
é  apenas  excesso de sensibilidade,
que transborda do coração.
Se com o nosso amor, conseguissemos romper
a couraça de quem faz sofrer,
e de quem oculta nela o seu modo de ser,
certamente haveriamos de ver,
um novo ser humano nascer:
Totalmente desprovido de rancor,
e incrivelmente cheio de amor.
Sob as couraças se escondem 
sentimentos simples, outros nem tanto,
vozes suaves, que mais parecem acalanto,
mãos que até sabem enxugar um pranto.
Sob as couraças se escondem tristes segredos,
e revela um sentimento até então oculto
 que apavora, e até por ele  se chora
não é ódio, é  medo. 
As couraças barram o toque, o afago...
abafam o som das palavras, ainda na garganta
tornam áridos os olhos, que  com nada mais se encanta
Que tenhamos força suficiente nesta vida
para fazer com que toda couraça seja rompida,
 mas sem causar dano ou dor,
num momento especial de amor!
Veremos então como são belos 
todos os sentimentos antes contidos
hoje, então divididos,
com quem resistiu  a dor.
E bebe com doçura da fonte
de onde jorra o amor.
Dionete Heleno

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